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Mollymawk: A escola da vida

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Gean
Gean

Estou tentando escrever esse artigo à quase três anos. E mesmo agora não tenho certeza do que escrever. E a razão disso é que algum tempo atrás conheci uma família incrível; e eles me ensinaram muita coisa, me motivaram a fazer muitas coisas e em variados assuntos. Me influenciaram na maneira de pensar, me ajudaram a ver o mundo de uma forma diferente. Desde que conheci essa família, muita coisa mudou, passamos muito tempo juntos. É muito difícil expressar o que eu sinto e penso sobre cada um, todos tem uma característica especial, cada um deles me ajudaram e me proporcionaram novas experiência, e eu nunca vou me esquecer disso.

Antes de contar como foi navegar e passar esse tempo de aprendizado a bordo do Mollymawk, gostaria de me apresentar e contar rapidamente como comecei a navegar.
A oito anos atrás (2008) eu ainda vivia em Campinas no Estado de São Paulo, uma grande cidade a cerca de 90km da capital do Estado e que está a 200km do mar. Eu tinha 18 anos e não tinha ideia de como era um veleiro ou como era navegar, nunca havia pensado nisso. Infelizmente no Brasil, navegar não é uma coisa tão comum, não estamos habituados com isso, ainda é uma coisa para pessoas com muito dinheiro. Enfim, eu trabalhava como guia em um parque de turismo e aventura, ajudava as pessoas nas trilhas, nos acampamentos e dava instruções de rapel. Nesse lugar conheci um homem chamado Elias, e se não fosse por ele e da sua iniciativa, hoje eu não estaria aqui, não teria encontrado o Mollymawk.

Elias também me ensinou muitas coisas ao longo do tempo em que passamos juntos. De fato foi ele que me ensinou sobre rapel, como montar um bom acampamento, com fogueira barraca, etc. Ele me ensinou algumas coisas de defesa pessoal, me ensinou como atirar facas, machados, atirar com arco e flecha, inclusive como fabricar o arcos e as flechas (quando ele era jovem ele serviu um tempo em uma forca especial no exercito). Ele tambem me ensinou algumas coisas sobre eletrica, mecanica basica, e marcenaria.

A primeira vez que eu o encontrei ele tinha um mapa do Brasil em sua parede, com algumas rotas traçadas pela costa e ele disse que um dia ele compraria um barco e navegaria seguindo essas rotas. Aquilo tudo me soou interessante e me abriu a mente para um novo mundo. Começamos a falar muito sobre esse assunto e como eu demonstrava grande interesse, ele disse que quando ele fosse navegar eu estava convidado a ir com ele.

Mais ou menos um ano após o nosso primeiro encontro, ele estava realmente decidido em sair para navegar. Ele vendeu todas as coisas que possuía para fazer algum dinheiro. Eu não tinha muitos bens, mas também me livrei das poucas coisas que tinha. Vendi minha moto, trabelhei como pedreiro na construcao de uma piscina, e supervisor de atendimento na Telefonica. Com isso consegui um pouco de dinheiro e finalmente saímos de São Paulo e fomos a Salvador, Bahia. Alí encontramos um pequeno barco de 30 pés e mudamos para ele.

Nem eu e nem Elias tínhamos experiência com vela. Tudo aquilo parecia um loucura, todas as pessoas que conhecíamos dizia que era uma loucura, que aquilo não daria certo. Não há muitos brasileiros morando em barco, mas mesmo assim continuamos com a ideia e dia após dia fomos aprendendo por nós mesmo..

Passamos muito tempo nessa área. Salvador possui a maior baia navegável do mundo, foi um excelente lugar para aprender sobre vela. Porém, mesmo assim, vivendo abordo, não velejávamos com muita frequência, nao como esperavamos. Sempre que saíamos era uma aventura, tivemos muitos problemas com o barco no início, ora era motor, hélice, velas… Sempre algo quebrava e precisavamos consertar. O capitão também tinha um pouco de medo de navegar, e outra coisa era que ele tinha muito enjoo sempre que navegávamos.

Passamos um bom tempo em um lugar bem tranquilo onde muitos barcos que estão em cruzeiro normalmente fazem uma parada, esse lugar é Itaparica, à cerca de 20 milhas náuticas (1 milha = 1.852m) de Salvador. Um certo dia um barco amarelo se proximou e fundeou perto de nós, até então nenhuma novidade, era apenas mais um barco que chegava. Nunca passou pela minha cabeca, ou jamais imaginaria quanto tempo eu passaria a bordo desse barco amarelo,.

Um pouco mais tarde eu estava do lado de fora na marina usando meu computador e de longe avistei 4 pessoas aproximando. Eu nao os conhecia, nunca tinha visto eles antes, mas Itaparica recebe muitos barcos estrangeiros, então era normal sempre ver forasteiros por ali. Continuei a usar meu computador. Haviam outros navegantes próximos de mim, e essas 4 pessoas se aproximaram de onde estávamos e começaram a conversar com os outros que estavam ali, até que derrepente uma mulher veio até mim. Nos cumprimentamos, disse a ela que eu vivia em um barco ali com um amigo meu; e ela disse que também vivia em um barco com sua família. Ela apontou para o barco amarelo e disse que naquela noite haveria uma festa a bordo e eu estava convidado a ir.

Mais tarde, naquela noite fui a festa, descobri que o barco amarelo se chamava Mollymawk, a mulher que me fez o convite para a festa era Jill, a festa era para o aniversário do capitão que depois descobri ser o marido de Jill, Nick. As duas outra pessoas eram seus filhos, Roxanne e Caesar e nesse mesmo dia ainda conheci Poppy Dog. Havia muitas pessoas a bordo do Mollymawk naquela noite, não tive oportunidade de conversar muito com eles. Eu normalmente não falo muito mesmo, mais difícil ainda se estiver em um lugar cheio de pessoas, sou mais de ouvir do que de falar. Mas pelo pouco que ouvi naquela noite sobre suas historias, suas experiências, e pelo estilo de vida que eles seguiam, de como eles viviam no barco por varios anos, de como seus filhos cresceram a bordo. Tudo isso me deixou admirado, empolgado, motivado e muito curioso em saber mais sobre eles e suas experiências. Foi uma noite boa e divertida, e foi marcante por outro fato de que Jill tentou me matar com um gigantesco prato com coentro. Para mim não existe coisa mais terrível que coentro. O maior problema que eu tinha na bahia era isso, os baianos adoram coentro e quase todas as receitas usam muito coentro.

Enfim mesmo depois de todo o coentro eu ainda tinha curiosidade em saber mais sobre essa familia e os visitava sempre que era possível. Comecei a conhecer los melhor dia após dia, e cada vez mais eu ficava admirado com as coisas que ouvia, e mais e mais me despertava interesse sobre seu estilo e de como levavam a vida. Até então eu só havia conhecido navegantes brasileiros, que basicamente saiam para nevagar somente nos finais de semana. e alguns estrangeiros que estavam fazendo cruzeiro pelo mundo, mas normalmente era algo planejado, com uma data para terminar, nada parecido com o que eu via em Mollymawk. Então para mim era realmente algo inspirador, meus pensamentos viajavam longe depois de conversdar com eles.

Com o passar do tempo nos tornamos bons amigos. Cada vez mais e mais eu queria passar o tempo com eles, cada vez que eu estava abordo eu estava aprendendo algo interessante, seja alguma coisa mais técnica com Nick sobre mecânica, como reparar certas coisas, ou sobre navegação, sobre o tempo, marés, sobre como velejar, como regular as velas etc… Ele tambem gosta muito de música, ele me apresentou muitas musicas, de grupos dos anos 60s 70s, 80s, e também tem algumas histórias interessantes sobre alguns concertos de grandes bandas que ele teve oportunidade de ver, um exemplo Led Zeppelin, Hendrix, Pink Floyd, entre outros.

Eu também passava muito tempo com Jill. Fizemos muitas caminhadas juntos, no banco de areia em Itaparica. Com ela eu aprendia coisas sobre história geral, sobre a cultura e costumes de outros países, histórias sobre antigos navegantes, e histórias sobre suas proprias experiências. Ela me influênciava aprender as coisas locais de onde estavamos. Recordo do tempo que passamos no rio Paraguaçu, ela amava ver os saveiros navegando e sempre fazia milhões de fotos cadas vez que cada um passava perto de nos.

Uma vez apos converser Elias a perguntar, tivemos a oportunidade de navegar em um deles. Tambem visitamos o lugar onde estão os ultimos Saveiro da Bahia, navegamos em 6 pessoas no pequeno barco a vela que eles tem, e como um barco de apoio, onde o veleiro nao entra, usamos o pequeno para explorar.

Esse foi um tempo bem especial para mim, a primeira vez que eu naveguei a bordo do Mollymawk foi no rio Paraguaçu. Estive com eles por 30 dias, visitamos diferentes vilas ao longo de toda baia de todos os santos. Foi interresante porque depois de quase um ano vivendo a bordo essa foi a primeira vez que vi e comecei a entender como é realmente velejar, e pude ver se eu estava aprendendo as coisas do jeito certo. Jill me deu muita inspiração e motivação, no início foi muito importante para eu continuar seguindo em frente, e ainda continua me motivando, ela é uma otima amiga sempre me ajudou em momentos em que as coisas não estavam indo como esperavamos, ela é muito boa com as palavras, sempre me sinto mais feliz quando ela esta por perto, o ambiente fica mais alegre e ela sempre me faz sorrir.

O dia-a-dia a bordo me encantou e me encanta até hoje. A simples maneira de viver é uma escola e insentiva conhecimento. Sempre alguem levanta algum tópico, seja sobre como alguma coisa funciona, sobre alguma coisa politica, ciências, geografia,biologia ou temas de atuais. Enfim, sempre há alguma coisa interessante sendo discutida, cada um expondo suas opiniões, e conviver em meio a isso foi uma excelente experiência para mim. Aprendi muitas coisas, todos os dias eu aprendi algo novo, ouvi algo novo. Isso também foi algo novo para mim, quando eu vivia com meus pais ou quando estava juntos de meus amigos nunca tivemos esses tipos de conversas. Eu acho engraçado quando alguem pergunta a Nick ou Jill como eles educaram seus filhos, tenho a impressão de que as pessoas algumas vezes não crêem ou não entendem como é possível eles terem os educados sem enviar los a escola, ou seguir um método de ensino de como uma escola. Mas como eu disse o dia a dia na vida deles esta rodeado de conhecimento, você aprende algo querendo ou não.

Eles nunca foram forçados a estudar seguindo o padrão normal. Eu gostaria de saber metade das coisas que Caesar ou Roxanne sabem, eu os injevo pelo seus conhecimentos sobre variados assuntos, nunca vi algum assunto que estivesse sendo discutido onde Caesar não tivesse uma opinião. Tenho grande admiração por ele, ele tem uma grande experencia de vida, ele é uma pessoa com uma grande curiosidade , ele esta sempre buscando e aprendendo sobre novas coisas. Durante o tempo que navegamos eu aprendi com ele como fazer cerveja, vinhos com diferentes frutas, queijos, claro, também aprendi com ele coisas sobre navegação e manutenção do barco.

Isso me faz lembrar a minha primeira navegação em mar aberto. O plano era fazer uma passagem de 5 ou 6 dias de Camamu, que esta a cerca de 50 milhas sul de Salvador, a Guarapari no Espírito Santo. Logo que saimos de Camamu meu amigo e capitão do barco no que eu vivia começou a se sentir mal. Depois de 3 dias ele continuava muito mal. Nesses 3 dias tive que navegar praticamente sozinho, fazendo turnos de 18 horas. Não tínhamos piloto automatico ou leme de vento, por isso necessitava alguém pilotando o barco sempre. Eu estava exausto nesse, mas Mollymawk estava a algumas milhas a frente. Passei um radio a eles sobre o que estava acontecendo, ao final depois deles entenderem como as coisas estavam indo Caesar veio a bordo e me ajudou a levar o barco a nosso destino. Depois que ele passou abordo consegui descansar, e aproveitar o resto de nossa passagem. Foi bem legal ao final.

Agora vamos falar sobre Roxanne. Isso nao sera facil para mim, mas vamos tentar. Ela é tão jovem e tem um conhecimento enorge. Ela é uma artista, desenha bem, ela estuda musica, ela cozinha bem, ela cultua bons livros, ela e uma pessoa muito estudiosa, ela tem um vasto conhecimento em historia natural e biologia. Ela é tao incrível e motivadora, e incrivel ver essas coisas e como ela é, e mais ainda quando você se da conta que ela aprendeu quase tudo por ela mesma.

Tenho grande admiração por Roxanne. Passamos muito tempo juntos. A primeira vez que encontrei com eles ela era apenas uma jovem menina de 13 anos. Hoje eu a vejo praticamente como uma mulher, mas tambem sinto saudades do tempo em que ela passava fazendo nós em meu cabelo, ou pintando meu rosto, meus pés, colocando café e corante verde em minha coca cola, etc… Eu lembro que ela tinha um pato de estimacao a bordo, e as vezes ela saia com seu kayake eo pato para explorar o lugar. Tambem costumavamos velejar com o outro pequeno barco a vela deles. Foi uma época divertida.

Ao longo desse tempo ela também me ajudou a aprender coisas, e me fez despertar interreses em coisas como plantas e animais, insetos, ou qualquer tipo de vida selvagem. É tão bonito e fascinante e contagiante ver como ela ama os animais, independente do tipo, sejam feios ou fofos, ela simplesmente os ama (principalmente se for negro com patas brancas). Ela me mostrou como respeita los, e porque devemos respeita los. Ela é uma calma e discreta, eu à admiro pela sua compaixão, generosidade, sensibilidade com os seres vivos em geral, sua simplicidade, sua dedicação. Ela tem um coração puro. Eu a vejo como uma pessoa muito especial, ela é muito importante para mim. Além de tudo ela me dá forças para continuar seguindo em frente em momentos difíceis.E vou fazer de tudo para sempre poder me encontrar com ela. Se ela me permitir posso segui la nem que seja para o fim do mundo. Bom, eu acho que não é difícil de entender porque no final eu me apaixonei por ela…

Também tenho uma enorge consideração por Jill. Fazem 6 anos que eu a conheço, e hoje em dia eu vejo ela como minha mãe. Ela sempre me deu apoio, sempre que tive uma dúvida sobre alguma decisão a tomar ela me deu uma direção. Em momentos eu que eu me sentia mal, momentos tristes, ela me apoiou. Ela sempre tentou me mostrar o lado bom nas coisas mesmo quando as coisas não estão indo bem, ela me ensinou a analisar meus pensamentos, a entendelos, a controlar meu comportamento para que mesmo em dias difíceis esses pensamentos não me fação mal, não tenho palavras para descrever como ela também é importante para mim.

Em geral passamos muito tempo juntos, navegamos no Brasil lado a lado quando eu vivia em outro barco com um amigo de Salvavor a Angra dos Reis – RJ, (Ilha Grande). Tivemos um excelente ano novo no Rio de Janeiro. Vimos os fogos de Copacabana do mar, foi muito bom.

Contando todo tempo que estive a bordo passamos mais de um ano e meio vivendo juntos. Não estive constantemente a bordo todo esse tempo. Tive a oportunidade de fazer varias navegações com eles. Passei 5 meses com eles no Rio de La Plata, e cruzamos muitas vezes entre Argentina e Uruguai e vice versa. Depois em uma outra ocasião fiquei mais 5 meses a bordo também nessa região no Rio de La Plata, mas ao final fizemos uma passagem para o Brasil.

E agora estou a bordo a quase 7 meses, explorando os canais e geleiras na Tierra del Fuego no Chile. Durante esse tempo tive a grande oportunidade de fazer uma volta ao Cabo de Hornos. Durante a passagem Roxanne furou mina orelha com uma agulha e colocou um brinco de outro. Os antigos marinheiros costumavam a fazer isso em comemoracao a volta ao cabo.

Depois de todo esse tempo de convivência com eles minha vida mudou. Eles mudaram minha maneira de pensar, de ver o mundo. Eles me ensinaram a prestar mais atenção na maneira que vivemos e como isso afeta todo o mundo de uma certa forma. Eles me ensinaram que devemos dar mais valor e cuidar do mundo em que vivemos. Me ensinaram a cuidar melhor de minha saúde, de como me alimentar melhor. A maioria das pessoas com quem eu convivia no Brasil parecem não se importarem muito com alguns desses fatos, talvez elas desconheçam tais coisas. Antes de eu encontrar essa familia nunca tive ninguém que fosse capaz de me explicar e mostrar essas coisas.

Nesse tempo a bordo também melhorei em algumas habilidades, como na cozinha (eles gostam muito dos meus bolos e pães). No dia a dia de trabalho aprendi como manter o barco, aprendi a trabalhar com metal, com madeira, pintura, construir coisas. Fiz uma caixa de madeira para guardar pao, fiz uma estante para livos, fiz uma cama para Poppy, fiz o assoalho do banheiro, reformei completamente a guitarra eletrica de Roxanne que estava quebrada. Ainda não sou profissional como Nick ou Caesar, mas vejo que progredi muito vivendo com eles.

Enfim, eles me mostraram uma maneira simples de vida, no meu ponto de vista muito melhor do que a maioria das pessoas buscam, principalmente das que vivem em grandes centros urbanos. Uma maneira de vida melhor para mim e melhor para o mundo. Eu gostaria que existisse mais “Mollymawkers” pelo mundo. Se mais pessoas pensassem e fizessem uma pequena parte do que eles fazem eu tenho absoluta certeza que o mundo seria um lugar muito melhor.

Uma coisas “ruim” de pessoas que vivem em barcos é que um dia elas vão embora (ruim no ponto de vista de quem fica). Mas a vida é assim. Elas tem que seguir navegando, ha muitos lugares no mundo para se visitar. Já tive que me despedir deles algumas vezes. Eu sempre tenho o pensamento de que vou velos novamente em um determinado tempo, e pelos ultimos 6 anos foi consegui fazer isso. Até que eu consiga meu proprio barco para poder visita los quando e onde eu quiser sem preocupacoes ainda terei que passar mais algumas vezes por esses momentos e conviver com aquele pensamento de incerteza de quando, onde e como poderei velos novamente. Não sou bom com despedidas. Normalmente os primeiros dias depois de que temos que nos separar são bem difíceis.

Em alguns dias infelizmente passarei por isso novamente. Mais uma vez pelas circunstâncias teremos que nos distanciar, cada um em seu caminho. Mas como eu disse antes eu sei que vou encontra los de novo. Vou fazer o possivel para que aconteça, não importa onde eles estejam.

Pensando por outro lado as vezes é bom ir embora. É importante porque nos mostra como as outras pessoas são importantes. Ir embora, seja por 2 semanas seja por 2 anos, quem sente sua falta de verdade não vai sentir mais ou menos porque você foi embora, apenas sente por mais tempo, o sentimento não muda. Para mim a vida é muito mais divertida e interessante quando eles estão por perto, eu jamais vou esquecer los, sempre vou estar pensando neles, eles estando perto ou do outro lado do mundo.

Jamais vou poder retribuir tudo que eles me proporcionaram, por tudo que eles me ensinaram. Cheguei a lugares aonde eu jamais chegaria, vi paisagens de que jamais conheceria. Sempre farei o possivel para passar o que eu aprendi com eles para outras pessoas. Vou sempre dizer a todo mundo sobre essas maravilhosas pessoas de que um dia eu tive o prazer de encontrar. É muito difícil descrever o que eu sinto, essa experiência é algo muito pessoal. Ninguém pode ver isso da maneira que eu vejo. Como eu disse no começo desse artigo, estou tentando escrever isso a 3 anos. Finalmente consegui, mas não foi fácil. Tive que ficar preso em uma barraca em meio a uma tempestade de neve para poder ter tempo de pensar e escolher o que dizer.

Obrigado a todos vocês, Obrigado Jill, Roxanne, Nick e Caesar. Obrigado por tudo que fizeram e continuam fazendo por mim. Vocês são minha família. Para ser uma família não necessita ter o mesmo sangue, necessita apenas um pouco de sintonia. Muito, muito Obrigado! Eu amo todos voces.

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